Hoje estou postando uma reportagem sobre a Serra da Gandarela que está no projeto Apolo, da mineradora Vale.O Projeto Apolo consiste na implantação de uma mina de minério de ferro cuja cava, área a céu aberto onde será extraído o minério, estará entre os municípios de Caeté e Santa Bárbara. De acordo com a empresa, o projeto prevê a construção de uma usina de beneficiamento, oficinas, pilhas de estéril (material sem valor econômico para a mineração), pátio de produtos e escritórios, entre outras instalações. Barragens de rejeitos também precisarão ser construídas para receber todo o material rejeitado do processo de beneficiamento do minério. A barragem ficará entre Caeté e Raposos. A companhia ainda pretende construir um ramal ferroviário com cerca de 20 Km de extensão para transportar o minério.
Vale a pena conferir e ler até o final!!! O artigo fala da importância da Serra e da sua preservação!!!
Fazendo uma curva de mais de 180 graus, as cristas da serra são os vértices de um dos mais importantes sinclinais da região central de Minas Gerais e da Área de Proteção Ambiental Sul da Região Metropolitana de Belo Horizonte (APA-SUL RMBH), criada para preservar a biodiversidade e os mananciais que abastecem toda a região. Os campos rupestres sobre cangas são os mais preservados de toda a região, constituindo a principal área de recarga do Sinclinal Gandarela, a abastecer vários córregos e ribeirões, de classes Especial e 1, das bacias dos rios Piracicaba/Doce e Velhas/São Francisco – este último, à montante da principal captação para o abastecimento público da RMBH.
Além de divisor das bacias hidrográficas dos rios Doce e São Francisco, o Gandarela forma um corredor ecológico natural com o Caraça, unindo as duas bacias.
Podemos considerar a região do Gandarela como a área mais extensa com tal diversidade de características e que ainda não apresenta a exploração maciça de seus recursos minerais e a interferência urbana. A Mata Atlântica, no interior e nas vertentes exteriores da serra, é a maior e mais preservada de toda a região. Juntamente com os campos rupestres e os campos de altitude, guarda uma rica diversidade de flora e fauna, que abriga espécies endêmicas e em extinção, além de uma das maiores geodiversidades da região do Quadrilátero Ferrífero. Mais de 50 cavernas já foram cadastradas e um sítio Paleontológico de grande importância (constituído de depósitos sedimentares da idade terciária, ocorrência única de três unidades continentais empilhadas, do Eoceno Superior, Oligoceno e Mioceno Inferior).
Trata-se finalmente de uma área mediterrânea entre referências fundamentais da topografia regional (Serra do Caraça, Serra da Piedade, Pico do Itacolomi e Pico do Itabirito) e da porção Leste do Quadrilátero, possivelmente a mais pujante do conjunto dos povoamentos originários do Ciclo do Ouro na região.
Diante da importância da área acima exposta e o apoio das comunidades do entorno e da região metropolitana, as entidades abaixo relacionadas e o Projeto Manuelzão-UFMG, solicitam a criação do Parque Nacional Gandarela, conforme a proposta-justificativa, acesse o Blog:
serradagandarela.blogspot.com/2009/11/proposta-de-criacao-do-parque-nacional.html
Entidades apoiadoras desta solicitação:
• Associação de Artesões e Artistas de Caeté
• Associação do Bairro Matadouro - Raposos
• Associação Brasileira das Vítimas de Danos Causados pela Mineração ABRAVIM
• ASCAR – Associação de Catadores de Recicláveis de Raposos
• Associação Comunitária Nossa Senhora da Piedade
• Associação Comunitária Quintas da Serra - Caeté
• Arca amaserra
• Articulação Popular do São Francisco
• CONLUTAS/MG
• Diretório Central dos Estudantes - UFMG
• Entidade Nacional dos Estudantes de Biologia – GTP Meio Ambiente
• Instituto Guaicuy - SOS Rio das Velhas
• Instituto de Estudos Pró-Cidadania – PRÓ-CITTÁ
• Movimento Artístico Cultural e Ambiental de Caeté – MACACA
• Movimento pelas Serras e Águas de Minas
• OSIPE Conexão Cidadã
• ONG Amigos da Natureza
• ONG Caminhos da Serra
• ONG Grão
• ONG LEÃO
• ONG Verde Novo Rio das Velhas
• ONG Mineiridade em Pencas
• Rede de Intercâmbio de Tecnologias Alternativas
• Sociedade Pró-Melhoramentos do Bairro São Geraldo - SOPROGER
• SOS Serra da Piedade
A importância biológica da região da Serra do Gandarela, que abrange os municípios de Caeté, Santa Barbara, Barão de Cocais, Rio Acima, Itabirito e Raposos na região metropolitana de Belo Horizonte, é reconhecida nacionalmente. Essa importância foi destacada pelo projeto “Avaliação e Ações Prioritárias para a Conservação da Biodiversidade da Mata Atlântica e Campos Sulinos”, desenvolvido no período de 1997 a 1999 pelo Ministério do Meio Ambiente e instituições parceiras, no âmbito do “Projeto de Conservação e Utilização Sustentável da Diversidade Biológica Brasileira” – PROBIO. Neste projeto, 198 especialistas indicaram áreas e ações prioritárias para conservação da diversidade biológica da Mata Atlântica e dos Campos Sulinos. Entre essas áreas, a região do Quadrilátero Ferrífero, onde está localizada a Serra do Gandarela foi indicada como área de extrema importância biológica, mostrando a relevância de se conservar remanescentes significativos de Mata Atlântica ainda existentes, e com alto nível de integridade ambiental. A região apresenta grande heterogeneidade de ecossistemas, incluindo porções bem conservadas de Campos Rupestres. Verifica-se ainda a ocorrência de espécies endêmicas da região e grande riqueza biológica.
No nível estadual, a importância biológica do território abrangido pela Serra do Gandarela também foi destacada pelo projeto “Definição de Prioridades para Conservação da Biodiversidade do Estado de Minas Gerais”, desenvolvido em 1998 e 2005 pela Secretaria Estadual de Meio Ambiente de Minas Gerais (SEMAD) e instituições parceiras. Os 121 especialistas que participaram da primeira edição do projeto, em 1998, projeto indicaram a região do Quadrilátero Ferrífero, onde está localizada a Serra do Gandarela como prioritária para conservação da biodiversidade da Mata Atlântica de Minas Gerais. A ocorrência de endemismos de anfíbios e plantas, ocorrência de aves de distribuição restrita, a ocorrência de aves, mamíferos e plantas ameaçadas de extinção, além da alta riqueza de foram as justificativas para a indicação do Quadrilátero Ferrífero como de extrema importância biológica. Entre as recomendações indicadas para conservação desta área estava a implementação do plano de gestão da APA Sul e a criação de Unidade de conservação de uso indireto. As principais pressões antrópicas identificadas para a região foram o desmatamento, a expansão urbana, a mineração e o turismo (Costa et al., 1998).
Na segunda edição do projeto, em 2005, a importância da região do Quadrilátero Ferrífero foi novamente reconhecida pelos especialistas, que destacaram a ocorrência de ambiente único no Estado (campos ferruginosos). Entre as ações de conservação, novamente foi recomendado a criação de um idades de conservação na região (Drummond et al., 2005).
Referências bibliográficas:
Costa, C.M.R., Herrmann, G.; Martins, C.S.; Lins, L.V & Lamas, I.R. (orgs). 1998. Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservação. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte. 94p.
Drummond, G.M.; Soares, C.S.; Machado, A.B.M.; Sebaio, F.A. & Antonini, Y. (orgs). 2005. Biodiversidade em Minas Gerais: um atlas para sua conservação. Segunda edição. Fundação Biodiversitas, Belo Horizonte. 222 p.
Ministério do Meio Ambiente, 2002. Avaliação e identificação de áreas de ações prioritárias para conservação, utilização sustentável e repartição dos benefícios da biodiversidade nos biomas brasileiros. Brasília: MMA/SBF. 404p.
Fonte:http://rederiodasvelhas.ning.com/profiles/blogs/salve-enquanto-e-tempo-serra
Fernanda B.
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